sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Estrutura do Parque


Os Montes Guararapes – um conjunto de três elevações, separadas por grotões estreitos, foram palco de duas batalhas (a primeira, em 19 de abril de 1648, e a segunda, em 19 de fevereiro de 1649) que abriram caminho para a rendição do invasor holandês em 1654, na Campina do Taborda. Isso pôs fim a três décadas de ocupação batava no saliente litoral nordestino. Testemunhas mudas, os montes assistiram à primeira manifestação de nossa nacionalidade e de nosso Exército Brasileiro.

A saga heróica e vitoriosa das três raças formadoras de nossa gente – o branco portu-guês, o negro africano e o índio nativo – nas sangrentas lutas travadas contra os invasores de nosso solo pátrio, na primeira metade do século XVII, não podia ser esquecida. Os combatentes do "Exército Libertador" – Barreto de Menezes, Fernandes Vieira, Vidal de Negreiros, Henrique Dias e Felipe Camarão – foram denominados "Patriarcas da Força Terrestre", justo reconhecimento às suas qualidades militares e heroísmo na resistência e expulsão do inimigo. Para eternizar esse feito memorável de nossos antepassados foi criado, em 1971, o Parque Histórico Nacional dos Guararapes (PHNG).




O PHNG está localizado no distrito de Prazeres, município de Jaboatão dos Guararapes (PE), distando 14 km ao sul do centro de Recife. Lá se encontram todos os grandes marcos dos combates: os Montes Guararapes; a Estrada da Batalha; o Portão Monumental e o Corpo da Guarda; o teatro de operações "Matias de Albuquerque", onde ocorreram os principais acontecimentos das invasões holandesas; o bosque do Pau-Brasil; a Praça dos Canhões e a entrada do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).



três elevações que constituem os Montes Guararapes são:

1. Monte do Telégrafo – assim chamado porque, no ano de 1817, o governador Luíz do Rego mandou colocar uma torre de sinais de transmissão de notícias para o Recife e para o Cabo.

2. Monte do Outeiro – constituído de duas cotas gêmeas. Sobre a de oeste, situa-se a
Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, santuário mandado erigir, em 1656, por Francisco Barreto de Menezes, em ação de graças pelas duas batalhas dos Guararapes por ele vencidas.

3. Monte do Oitizeiro – o maior no sentido norte/sul. Na sua extremidade sul, encontra-se o célebre Boqueirão. Na época das batalhas, o Boqueirão era uma estreita passagem formada ao sul por alagados, contendo mais a oeste uma restinga de mato e, ao norte, no sopé do Monte do Oitizeiro, árvores esparsas.

Entre o Morro do Oitizeiro e o Morro do Outeiro localiza-se o Córrego da Batalha, palco das sangrentas batalhas dos Guararapes.

Em 1996, foi emitida pelo então ministro do Exército a diretriz que regula as ações do Exército Brasileiro no processo de revitalização do Parque Histórico Nacional dos Guararapes e foi elaborado, pela 7ª Região Militar e 7ª Divisãode Exército, juntamente com a coordenadoria regional do IPHAN, o Plano Diretor do PNHG, que deu início à construção do muro de contenção para delimitar a Zona de Preservação, impedida de ser urbanizada a fim de manter o patrimônio histórico-cívico nacional.

A delimitação da área do Parque – atividade realizada com o auxílio financeiro do Ministério do Exército, do Ministério da Cultura e da Fundação do Banco do Brasil – foi realizada pela 3ª Divisão de Levantamento com o apoio do 14º Batalhão de Infantaria Motorizado. Foi finalizada em 14 de novembro de 1997, com a conclusão de que restavam ao PNHG somente 80 dos 300 hectares iniciais.

O PNHG tem servido de abrigo a diversas manifestações de caráter cultural. Dois simpósios já foram realizados para a discussão de tópicos sobre essa passagem heróica de nosso povo; e ali foram encenadas, em evento aberto ao público, as Batalhas dos Guararapes. Competições despor-tivas, espetáculos retratando os acontecimentos ocorridos durante a ocupação holandesa e a visitação de escolas que se aproveitam da estrutura ali montada para aprender um pouco nossa história são atividades comuns hoje no PNHG e que demonstram sua necessidade de preservação.

As verdadeiras raízes do Exército estão fincadas nos Montes Guararapes, a partir da constituição do "Exército Libertador" que derrotou os holandeses, tornando-se a "célula-mater" da Força Terrestre do Brasil. Tanto que, em 1945, a Força Expedicionária Brasileira, ao retornar da Itália, ali depositou os louros da vitória, mais precisamente no Morro do Outeiro, no local conhecido como "Praça dos Canhões". Na ocasião, assim se expressou o marechal Mascarenhas de Moraes:
"Nestas colinas sagradas, na batalha vitoriosa contra o invasor, a Força Armada do Brasil se forjou e alicerçou, para sempre, a base da Nação Brasileira".

Os Montes Guararapes, guardiões eternos das históricas lutas travadas por luso-brasileiros contra os invasores holandeses, estão preservados para sempre com a criação do PNHG.

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Mirante do Parque

Um dos mais importantes locais históricos do Brasil, foi palco das batalhas decisivas travadas entre pernambucanos e holandeses na guerra da restauração pernambucana (1648/1649).

A criação do parque, em 1954, foi o último ato das comemorações do tricentenário da restauração.

Destaque para seu mirante natural.

Onde: BR – 101 Sul

Bairro: Prazeres – Monte dos Guararapes

Horário: Diariamente, de 9 às 17h.

Tel: 3341-1159

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